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Hoje fui passear um bocadinho com o Pedro, numa pacata caminhada pelas ruas circundantes à minha casa, o que acabou por se transformar numa vertiginosa corrida de obstáculos, um alargado problema de matemática e uma constante contagem de segundos dependendo a nossa vida disso. Neste país pura e simplesmente não há passeios, e se os há são de tal forma estreitos e cheios de coisas (caixotes, sinais, árvores, carros) que é como se não houvesse. Foi impossível permanecer mais do que trinta segundos no mesmo passeio sem ter de meter o carrinho do Pedro para a estrada, contando sempre o tempo disponível entre carros, e fazendo malabarismos para rapidamente voltar a escalar para cima.
Suponho que as primeiras impressões dos bebés portugueses das ruas do seu país é de que é um sítio altamente excitante que, embora deixe o estômago um pouco revirado, proporciona horas de emoção, sempre a subir e a descer, deixando a cara das mães, lá à frente, ora branca ora vermelha.
É um lugar comum dizer-se que os portugueses preferem ficar por casa a deambular pelas ruas enquanto que em tantos outros países o gentio anda lá fora a toda hora, mas: IR PARA A RUA COMO??? E ANDAR POR CIMA DO QUE?? Tirando as ruas de algumas cidades portuguesas, alguns locais turísticos e algum que outro sítio mais sortudo, essa arte tão portuguesa da calçada só existe em pequenas fatias (e nalguns casos fatiazinhas) espalhadas pelo país inteiro. Dá a impressão de que alguém no alto comissariado europeu nos concedeu um determinado número de quilómetros de passeios para o país inteiro, e que, fazendo centenas de contas, foram distribuidos por todo Portugal, e que já não temos direito a nem um bocadinho mais que seja.
Quanto à calçada portuguesa, também tem muito que se lhe diga, é bonita sim senhor, mas tão prática como uma bicicleta sem selim, dá para andar, mas é incómodo à brava! Mas essa é outra questão. De calçada portuguesa, borracha ou alcatifa, DÊEM-NOS PASSEIOS, os portugueses merecem ter onde por os pés e não arriscarem serem passados a ferro por um carro cada vez que metem o nariz na rua.
Cá está uma das etapas da caminhada de hoje, o passeio é tão estreito que foi preciso descer o carrinho do Pedro para a estrada por causa do caixote, da árvore, de um sinal de trânsito e de um carro estacionado.
Ahh e o prémio para a categoria "vá, vê se consegues pelo menos andar em bicos de pés"
Aceitam-se fotos neste blog de todos os passeios cuja estreiteza e obstáculos vos incomodem. Serão todas publicadas!
Este foi um achado! Nada mais nada menos do que a contracapa da umas paginas amarelas dos idos anos 70. Genial o anuncio deste telefone como o maior dos gadgets do momento. Confesso que fiquei com saudades destes grandes aparelhos da telecomunicação, fiquei com saudades de não estar sempre disponível, fiquei com saudades dos recados a lápis dos meus pais quando as minhas amigas telefonavam e eu não estava em casa, fiquei com saudades de ter aquele grande auricular tão pesado colado ao telefone que pelo menos não aquecia, fiquei com saudades dos tempos em que ter um telefone com teclas era a loucura e sobretudo fiquei com saudades de poder marcar a vontade os números pois hoje em dia os telemóveis são tão pequenos que nem um quarto de dedo mindinho as vezes cabe na tecla!
Aproveito este espaço para vos fazer um Apelo! Tem...
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Vim dar aqui, ao ver alguns videos do Nuno Marlk n...
que gira esta fotografia :)
olha o david a usar as piadas do woody allen.....