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QUANTO À DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Quarta-feira, 17.06.09

Sim, é verdade, ela existe. Numas bate mais forte, noutras vai escoando devagarinho sem se dar por ela. Isto de ter o corpo a reajustar por tudo quanto é canto é uma das  difíceis tarefas deste novo trabalho que é ser mãe. A vida modifica por completo, e uma coisa é ouvi-lo durante 9 mesitos consecutivos (e eu ouvi centenas de vezes, e usei o diminutivo não para ser "queridinho" mas porque passam a voar) outra totalmente diferente é senti-lo na pele quando chega a hora. Os primeiros dias são complicados, não só nós nos vamos reajustando ao serzito que guincha pela casa toda como ele próprio se tem de reajustar à vida cá fora, pois que é muito mais confortável viver dentro das quatro paredes maternais, ah pois.. lá dentro não há cólicas, nem forme, nem frio, nem banhos, nem fraldas com bonecos totós a sorrir cobrindo cocó, nem álcool a 70ª a passar pelo umbigo todos os dias, nem gente grande chata que bate nas costas para ouvir com euforia um arroto (sim, nunca me deu tanta felicidade um grande arroto de homem, homem pequeno, mas homem).

Para começar, e como grande responsável para este estado semi-depressivo está o facto de no hospital nos passarem a chamar de "mamãs" assim que se é internado. Mas, minhas senhoras, eu tenho nome, e, embora tenha um grande orgulho de ter passado à categoria de mãe, não deixo de ser a Ana e de ter uma identidade. Passamos a fazer parte de um grupo de senhoras, todas de robe, chamadas de "Mamã" ...Já não basta este tremendo salto ocorrido em minutos nos quais temos um bebé na barriga e de repente já não temos, e essa sensação é estranha (entenderão, acredito, as que por tal tenha passado) para depois nos começarem a chamar de "Mamãs"?? Mudem isso depressa, até porque um dos baques mais fortes é, nos primeiros dias, se perder toda a "vida antiga" porque pura e simplesmente não se tem tempo. Não que a vida nova não seja altamente bela e aliciante, mas quanto mais consigamos manter a sensação de "vida antiga" melhor se ultrapassa toda esta etapa, que tem tanto de espectacular como de assustadora e extenuante. Para quem , como eu, está agora nos mesmos lençóis (literalmente, já que quase toda a minha vida agora é passada dentro de um quarto) : Força! Relativizemos que num espaço de meses será tudo alegria alegria!!! E desculpem lá esta catarse interactiva!

 

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por Ana Galvão às 12:05

32 comentários

De Ana a 17.06.2009 às 12:43

Parabéns pelo Pedro!

Como me revejo nas tuas palavras!! Foi de facto muito estranho deixar de ser a Ana, em segundos, e passar a ser a mãe/mamã...ainda por cima num espaço em que todas estavamos na mesma sistuação!!!

Aproveita ao máximo, mesmo as poucas horas de sono.

De Sofia Coelho a 17.06.2009 às 13:48

Olá Ana,
Como eu te compreendo...agora, passados 3 anos do nascimento da minha filha, ainda me lembro, no 1.º mês, de ter desejado que ela voltasse para a minha barriga...os choros intensos sem nada que os fizesse parar, as gretas nos peitos que me levavam às lágrimas, a adaptação à nova categoria de mãe, o ter que lidar com o facto de ter um ser totalmente dependente de mim, tudo isso junto levou a que, quando o meu marido chegava a casa, das duas uma, ou tinha uma crise de choro ou pegasse na carteira e fosse dar uma volta. É, Ana, os primeiros dias são mesmo difíceis e as futuras mães que não tenham isso presente e se fixem apenas naqueles quadros idílicos da mãe a segurar no bebé, julgo que sentem ainda mais. A mim, ajudou-me imenso estar informada e sensibilizada para isto tudo e saber que tudo aquilo que eu estava a passar era normal. Até o facto de não ter sentido um amor imediato pela minha filha, eu sabia que era normal. Importante também foi o apoio do meu marido, muito compreensivo, sem questionar a minha angústia, a minha tristeza. Mas, a partir do 2.º mês as coisas começaram a alterar-se, quer dizer os choros mantiveram-se, as dores no peito também, mas eu comecei a apaixonar-me pela minha filha e isso fez toda a diferença...o amor e a cumplicidade começaram a ser tão fortes que esses aspectos negativos deixaram de ter a dimensão que tinham. Por isso, Ana, o que estás a sentir é tudo normal, ter um bebé recém-nascido para tratar é complicado, mas garanto-te que, as coisas más são mesmo más, mas as coisas boas são mil vezes melhor do que as imaginávamos...é só deixar passar um bocadinho o tempo! Agora que me preparo para ficar grávida novamente, já pensei nesses primeiros tempos...mas, com a certeza de que eles vão passar e que depois vai ser maravilhoso, como tem sido com a minha filha! Beijinhos e força! Sofia

De sheknowsbest a 17.06.2009 às 14:00

Olá Ana.
Parabéns pelo rebento. Tudo de bom!

Espero que tudo corra pelo melhor nesta nova fase das vossas vidas.

Beijocas.

De nee a 17.06.2009 às 14:03

Bom dia

Sendo eu do sexo masculino e sem filhos, é com agrado que acompanho o blog (do nuno tambem:) e vou conhecendo os encantos e desencantos de ser papa e mamã:)
Agradeço como leitor que continuem a contar as peripécias desta nova aventura:) Aprendo coisas novos todos os dias e sempre com humor à mistura:)

Relativamente aos arrotos do Pedro, bem, o Nuno (papa) é que acaba por ter sorte porque assim tbm ja pode arrotar à vontade:)

abreijos e muitas felicidades

http://cantinhodonee.blogspot.com/

De Ana a 17.06.2009 às 14:19

Admiro muito alguém que tem o espírito de dizer isso. Uma pessoa cansa-se um pouco de saber que as mães nos primeiros tempos têm uma vida extremamente difícil com hormonas aos saltos e reajustamentos no corpo e na vida, mas passam o dia a dizer que é uma grande alegria (mesmo que queiram cortar os pulsos 5 ou 6 vezes ao dia).

É importante assumir-se a dificuldade e é bom que alguém com maior projecção o faça. Pode ser que assim as mães que por aí andam entendam que têm todo o direito a queixar-se de não dormir ou de que andam desorientadas.

O primeiro passo para que fiquem melhores é assumir que nem tudo é perfeito como algumas gostam de dizer.

Muitos parabéns aos pais pelo Pedro e muitos parabéns à Ana por fazer algo tão simples como explicar que não é só maravilhas, nem tem de ser.

De Sol a 17.06.2009 às 15:01

Vez em qdo "espreito" o seu blog, desta vez, e por estar a viver tudo isso (tenho o Diogo c 1 mês e meio) não resisti a comentar, e dizer q SUBSCREVO TOTALMENTE. Senti essa falta de identidade assim q fikei grávida, é a mãe isto, a mãe aquilo, safa q eu tenho nome!! Mas é um titulo fabuloso e estou a adorar conhecer este meu Bebécas :) e sim as primeiras semanas são beras, mas passa rápido... PARABÉNS e tudo a correr bem para todos! SOL

De akapink a 17.06.2009 às 15:17

Ana: Um gde beijinho de parabéns pelo Pedro :)

De Teresa Ribeiro a 17.06.2009 às 16:06

Antes de mais muitos parabéns por essa nova criatura que entrou nas vossas vidas! Também eu tenho cá um bébe que nasceu no dia 11/06. Portanto também me estou a adaptar a esta etapa. Não é uma etapa nova porque é o segundo filho ( também existe na maternidade a versão : senhora de robe/Ah! é o segundo filho... do tipo já sabe tudo e é tudo muito mais fácil!! ) E essa sensação de ajustamento a um novo mundo de fraldas e mama e cólicas e afins, é perfeitamente normal. Eu só me lembrava das minhas amigas a dizerem: "tudo vai mudar...", frase q martelava na minha cabeça a toda a hora.
Mas força! eles são lindos e amorosos mesmo a berrarem às 3h da manhã. Beijinhos

De macaso a 17.06.2009 às 16:21

Gostei muito da catarse.
Acho que desceveste tudo muito bem, é o que te posso dizer.
Primeiro, gostei que tivesses dito que para eles também não é fácil. No mundo dos babyblogs tenho ouvido uma expressão que me parece a indicada. Eles acostumaram-se ao seu T0 e fica difícil habituarem-se a tanto espaço.
Outra ideia que achei muito real, engraçado teres essa sensação tão cedo, é a nossa identidade prévia rapidamente se elcipsar. a mim já me fazia alguma confusão ser a mulher de ou a filha de, mas pronto, faz parte e aparece em doses mais pequenas... mas fez-me e faz-me ainda confusão, às vezes acho que cada vez mais, ser a mãe (nem sequer a mãe de mas simplesmente a mãe). Habitua-te: médicos, educadoras, outras mães, eu sei lá, toda a malta se vai esquecer que és a Ana e que eu sou a Sofia. Por vezes detestas, outras achas piada e noutras já nem ligas. Faz parte.

Agora que és mãe, e embora eu não tenha o típico babyblog (é que não tenho mesmo!) podes passar pelo meu espacinho quando te apetecer. Mandei-te convite há uns dias. Acho que antes do pedro nascer:)

De EO a 17.06.2009 às 16:46

Vem ver no nosso Blogue, a entrevista com a Alexandra do Bazar do Ronrons, e sabe a realidade dos gatos em Lisboa.
http://esterilizacao-o.blogspot.com/

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